Abro meu livro e fecho meus olhos. Logo no prefácio alguém fala da importância dos livros: "Eles me fazem sonhar."
É como se a minha vida não existisse e toda a verdade que eu conheço é a que está escrita. E assumo sem me encabular: eu sempre
sou a personagem que eu leio quando a estória é sedutora.
No meu livro de hoje, Maria está em Genebra, a mesma onde a Shelley mostrou seu Frankenstein.
Abro os olhos ao fechar o livro, mas não completamente. Algumas mulheres na rua usam mangas compridas e alguns homens usam terno e gravata. Por instantes meu instinto me faz ver uma tarde de inverno em Genebra, mas o suor em traz de volta ao verão de São Paulo, num dia em que curiosamente o sol da 1 hora da tarde não maltrata meu humor.
Et pas d'écrire! Vou pra aula da faculdade brincar de ser gente grande.
M.B.