quarta-feira, outubro 28, 2009

Royal Straight Love (conto)

- Eu entendi as sequências, Pê. Vi um tutorial no PokerStars.
- Vamos jogar, então. Você vai entender melhor praticando.
- Mas não entendi direito como faz pra apostar! Eu sei o que é “all-in” e sei que vou perder pra você.
Ele controlou o impulso de sorrir, fez sua melhor poker face e disse:
- A regra número 1 é você não mostrar pro adversário que está com medo. Mesmo que esteja com muito! Entendeu?
Ela entrou no clima e mandou uma poker face – melhor que a dele:
- Dá pra gente ir pras regras de apostas? Não gosto de ficar impaciente!
- Mas o pôquer pede paciência. – Roubou um beijo da namorada antes de sentarem no tapete da sala da casa dele pra começarem a aula de pôquer.
- As apostas são assim: Pra cada rodada de cartas, uma rodada de apostas. Você vê o jogo e pode apostar quanto quiser. A gente não costuma apostar muito na primeira. Agora, por exemplo.... Vejamos o que eu vou apostar... Um bis e um Sonho de Valsa! E você? – falou como se estivesse apostando 100 dólares.
- Hummm... Eu pago. Posso aumentar?
- Já? Bom, pode. Eu prefiro aumentar só na segunda, mas você pode sim.
- Então eu pago a sua aposta e aumento um Twix.
- Eu pago.
Os prêmios entre os dois, no meio da sala, fizeram o pai dele - que observava a cena de longe – rir da solenidade com que apostavam chocolates.
- Segunda rodada. A gente pode trocar as cartas e apostar mais.
- Hummmm... E se eu não quiser pagar a sua aposta?
- Então você perde o jogo e fica sem Sonho de Valsa e sem saber se eu estou blefando ou não.
- Certo. Eu que aposto primeiro?
- Pode ser.
- Aposto um Toblerone.
- Pago. Aumento um Talento e um Suflair Duo.
- Pago... E agora?
- Terceira rodada.
Trocam as últimas cartas.
“Oi, Dama de Copas!”, pensa ela.
“Booooa, Reizão de Espada!”, pensa ele.
Os dois se encaram por 1 minuto, deixando no ar algo que não era bem pôquer.
Ela dá um sorriso sacana, quase angelical, e diz:
- Acabou o chocolate, Pê.
- Hummm... E a gente ainda tem uma rodada.
- Só pra eu ter certeza. “All in” é quando a gente aposta tudo o que tem, não é?
- Sim, senhora. Como a gente tem quantidade igual de chocolate, quem ganhar fica com tudo, quem perder fica com vontade.
- Ah, Pedro... – um tom fingido de decepção, que sempre divertia o namorado – esperava um pouquinho mais da sua mente... digamos... criativa!
- Hummm... Você também é criativa. E é você que aposta primeiro. – os olhos brilhando de curiosidade. Seu pai, praticamente invisível agora, encantado.
- All in, então?
- O que é o seu “all”?
Sorriu, como que procurando algo nos olhos dele.
- Aposto você! – Nesse instante, o pai dele sai da sala, ciente de que não importava quem ganharia o jogo.
- Como assim “eu”? Eu sou seu adversário, mulher, você não pode me apostar!
- Eu posso apostar o que eu quiser! Aposto você. Se eu ganhar, você é meu por 24 horas e eu posso pedir qualquer coisa.
- Não sei se eu poderia apostar você.
- É all in, Pê. Se você ganhar-
- Se eu ganhar, você que é minha por 24 horas e eu posso pedir qualquer coisa?
- Você entendeu! All in então? Mostra o que você tem.
- Tá, all in! Mas pode mostrar você. Ladies first, beautiful.
- Quem tem sorte no jogo, tem azar no amor- Colocou carta por carta sobre o tapete. Dez, Valete, Dama, Rei. De Copas. - No seu caso, está sem sorte no jogo. Mas não fica triste, Pê! Significa que- - Não conta vantagem! Falta uma carta ainda pro seu flush. Se você-
- Ah! – levantou um dedo pedindo silêncio. - Acabaram as apostas!
E colocou a carta que faltava, fechando a sequência. Nove.
- Straight Flush, baby! Um pouquinho de sorte de principiante e você só pra mim! Adoro pôquer, já falei?
- Tentador seu prêmio... Mas sabe... – imitou o gesto dela, colocando o Dez, Valete, Dama, Rei. De Espada. – ...eu não sou principiante.
E colocou a carta que faltava, fechando a sequência. Ás.
- Seu jogo está lindo demais, mas eu tenho-
- Royal Straight Flush! - ficou histérica. - Você trapaceou, é impossível dois flushs desse jeito no mesmo jogo!
- Não é impossível. Será que significa que os dois estão com azar no amor? – Disse, fingindo-se escandalizado, arregalando os olhos.
- Não fala besteira, Pê.- ignorando completamente o resultado do jogo.
Levanta, dá 3 passos na direção dele e senta ao seu lado. Beija-o de um jeito travesso e fala em seu ouvido:
- Parabéns! Você tem 24 horas de prêmio. O que vai ser?
- Hummm... sacanagem, lógico!
- Mostra.
- Deita lá na minha cama, então.
Ela ficou animada. Depois impaciente. Depois confusa! Até que ele ligou o DVD.
- Quero ver Cassino Royale de novo!
Incrédula. Fez cara de tédio. Depois brava.
Ele riu muito.
- Não tem sacanagem maior que te fazer assistir James Bond! Adoro quando você perde pra mim, já falei?
- Encaro até um strip-pôquer pra não ter que ver esse filme idiota, Pê!
- E perder 24 horas da sua carinha de brava? No way! Tão linda... Por que você não aproveita o filme pra aprender a blefar?

Começam os acordes inconfundíveis do tema do 007.
- Você me paga, Pedro!

domingo, outubro 18, 2009

Conto tirado de uma conversa no MSN

* João está online. *

João gostoso mudou pra Curitiba. Foi estudar, curtir a vida, ser feliz.

João era 'menino de família'. Divertido. Hiperativo.
Típico carinha do colégio em seriado americano.

Bastava 2 minutos de conversa pra cair na risada com o rapaz.

Burguesinho... only child... pegador...

Tinha um aquário de frente pra sua cama.
(O nome das meninas que conhecem o peixe do João? Não conto.
O nome das meninas que queriam ter conhecido? Não conto.)

Todo mundo ainda ri com o clássico "E aí, linda, já viu meu aquário?"
Nostalgia (...............tá, passou!)

* João acabou de chamar a sua atenção! *

Soube essa manhã que ele deixou o aquário em São Paulo quando mudou.
Soube da notícia enquanto ouvia os relatos calientes da sua vida paranaense.
Só na sacanagem. Como sempre.

Mas João gostoso está diferente.
Emprego, cursinho, "altas pegadas".
Amigos novos, festas novas, vida nova!

Novos clássicos, pra alegria da Fiel piritubana! :D

* João acabou de chamar a sua atenção! *

Dizia ele de sua epopéia na Oktoberfest. Quis levar seu "fera" pra brincar.
A 'vítima' que ele pegou abusou dos dedinhos do menino.
Gritou, apertou, suou... e só.
E porque deixou só a mão do menino, deixou o menino na mão.
"Aí os caras tão me zuando, meeeeu!
Ficam falando que a minha mão faz mais sexo que eu. Pô! Aí não :( "

LOL.
(dá pra ouvir o tom de voz e a indignação nas vogais repetidas)

* João acabou de chamar a sua atenção! *

Miss you, Joãozinho.

"Quando você volta pra São Paulo, Xuão?"
"No feriado :D Ficar na casa do meu primo."

* João acabou de chamar a sua atenção! *

* João acabou de chamar a sua atenção! *

* João acabou de chamar a sua atenção! *

De repente, tão rápido quanto a conversa,

"Amor, vou sair!"

Sempre impaciente, inconstante, incansável, esse João.

Tão imprevisível quanto o trânsito de São Paulo.

"Tchau, João... Até o feriado."

* João está offline. *
~

sexta-feira, outubro 16, 2009

"...struts and frets his hour upon the stage"

Silêncio.

Um sussurro ecoa na plateia, o público que espera pelo começo.

Quem vê a cortina de fora, espera com ansiedade. Quem vê a cortina de dentro, sente uma mistura de medo, angústia, orgulho, pressa, preguiça, felicidade... Infinitas razões levaram você pra coxia, a um passo de começar sua atuação.

Abrem-se as cortinas.
Luzes, fumaça, música.

Tensão.
O silêncio é quebrado pela arte, mesmo que silenciosa. Há quem sobe ao palco e atua para o público. Há os que simplesmente atuam, deixando o público à mercê de sua vontade.
E quando é você lá em cima, o momento é único e incomparável.

A sensação é de saber que cada gesto, palavra, até seu tom de voz é interpretado por uma ou mil pessoas.

O que vai pro palco comigo é cada poema que eu li, filme que eu vi over and over, músicas de rir e chorar, abraços do carissimo nonno, cada “de coração partido”, cada “eu te amo”...
O que vai pro palco contigo é cada segundo que você desperdiçou nas coisas que eram importantes naquele momento; naquele contexto; praquele propósito.

(Perhaps você não tenha reparado, Monique, mas as pessoas ainda estão chorando com a morte da sua Julieta. Não teve UMA mulher na plateia sem lágrimas nos olhos. (Não que você se importe.))

Não entende por quê o diretor manda voltar ao palco pra receber aplausos. Você só faz o que faz porque te faz bem... Natural como respirar. Stupidity being praised by this, according to you.

(Still, naturalidade é uma arte que se aprende com treino. For instance, enquanto você vê poesia no seu Renoir, no seu Fabian Perez, há pessoas que só veem dançarinas.
Mas não se engane. Se você ler de novo sem os parênteses, notará que não é somente ao teatro que me refiro. Pode voltar pra ler, te dou mais 5 minutos...
...


Sim, menina. Falava, também, da vida. )



Eis que a cortina se fecha. For good.


[Imagem de Fabian Perez]

quarta-feira, outubro 14, 2009

Mais uma de amor (conto)

Você não falou o seu nome.
- Não.
A cara de confuso deve ter ficado clara. Ela sorriu, do lado oposto da mesa ao que ele estava.
- Uma pergunta por bola. Que tal?
“Cada vez mais interessante trocar o bar pelo D.A.”, pensou.
- Gostei. - arrumando o triângulo e a branca na marca.
- Primeiro as damas, adversário?
- Ah... Mas na mesa você não é dama.
- Hummm... Certo. E como visitor, posso sair?
- Como visitor? – De novo, uma só sobrancelha levantada. Ele fazia de propósito? – Pode.
Saiu matando a 9. Na sorte.
– Opa, eu sou ímpar. - uma cara angelical, como se soubesse exatamente o que estava fazendo. - Quero saber... o seu signo.
- Quê?
- Eu matei uma bola, posso perguntar qualquer coisa.
- Leão.
- Hummmm... Leão é bom.
- É? - “Por que será que toda mulher acha que conhece a gente pelo signo?”
- Ah, você não matou nada, não posso responder. – disse fingindo solenidade. “Ele gosta de ser elogiado, é divertido, brincalhão puxa papo até com o tio do cachorro-quente. Interessante.”
Ela jogou novamente, mas só deixou uma bola na boca dessa vez.
A vez dele. Uma, duas, três vezes seguidas sem falar nada, uma bola atrás da outra.
Olha dentro dos olhos dela, não diz nada uns 3 segundos e, quando ela está quase sem graça, dá um sorrizinho torto.
- Me diz uma banda, um filme e uma cor.
- Hummmm... – “Ele é divertido”. – Não tenho preferidos. Agora eu te diria o Guns N’ Roses das antigas na banda, Cassino Royale no filme e a cor...
- Ah, Cassino Royale não! Não gosto do torneio de poker. É muito falso, não é daquele jeito!
- Nossa, você joga poker!?
Ele fez cara de surpreso, colocou uma mão na boca.
- Não posso responder! Você tem que matar a bola pra fazer uma pergunta.
- Eu gosto do filme. Não jogo poker, então não posso falar mal da sequência. O Bond sofre pela Vesper. Em todos os filmes ele é um cachorro, nesse ele é mais humano, pra mim. Ela meio que vinga todas as bondgirls que morrem de amores por ele. Fora que o Daniel Craig dá uma cara nova ao Bond. Gostei.
- Eu gostei, também, apesar do poker. Mas o meu preferido, do Bond, é o Goldeneye. E a cor?
- Quê?
- Eu perguntei a banda, que aliás é muito boa, o filme e uma cor.
- Ah! Depende. Vermelho, mas pra me vestir, verde. É você ainda que joga.
- Hummm... Será que você é palmeirense?
- Você está a uma bola de descobrir. Pode tentar.
Por duas rodadas ninguém matou nada, até que ela foi passar por trás dele, pra alcançar uma bola em diagonal no fundo. Tropeçou num taco e ia cair no chão, mas ele a segurou pelo braço. Quando se encostaram, não pararam de se encarar e não se mexiam, tamanha a eletricidade e atração que havia ali.
Ela abriu a boca pra dizer algo, mas esqueceu o que era. Por que estava nervosa? Era só um cara, pelo amor de Deus! (Um cara divertido, simpático, que não a xavecou de primeira, e que era bom na sinuca. É, talvez ela pudesse ficar nervosa.)
- A chuva tá parando? - disse a primeira coisa que veio à cabeça.
- Chuva? Que chuva? - não dava pra pensar em nada além do cheiro de Victoria's Secret que ela usava.

São Paulo poderia ter ficado debaixo d’água e na escuridão total, nada teria evitado aquele beijo.

Só interromperam porque ouviram barulho das bolas de sinuca. De repente, 10 pessoas completamente enxarcadas entraram no D.A., pra se esconder da chuva, e duas já tinham começado uma partida, visto que os dois tinham mais o que fazer.
Depois de levar uns 2 minutos pra se livrar de todos os 8 amigos restantes, todos falando com ele ao mesmo tempo, foi procurar... qual o nome dela mesmo?
Ela não estava em lugar nenhum. “Deve ter ido embora. (respira fundo) Estúpido.”

Estava pegando a mochila pra ir, conformado que ela era uma miragem e que ainda teria 2 horas de aula pela frente. Afinal, pra quê Fundamentos de Finanças na faculdade de jornalismo?
E chovendo.
Perfeito. ¬¬

Mas ela surge na frente dele, fazendo ele se sentir como criança que vai pela primeira vez ao Parque da Mônica. Encaram-se por alguns segundos, um pensando em como é beijar o outro.

- Sabe, eu não costumo sair beijando pessoas de quem eu nem sei o nome. Mas pela sua cara, você também não, né!?

Em vez de ficar nervosa, como ela achava que ficaria, apenas sorriu.
- Elena. 8º da Biologia.
- Uou, 8º! Parece mais nova. - Sorriu de volta. - Bruno, 4º do Jornalismo.
- Uou! Parece mais velho.
Nunca respondera a tantas coisas apenas com sorrisos. Era fácil se acostumar.
- E o que está fazendo no D.A. da bio? - disse, colocando a mão na cintura. - O DACAM tem playstation 3, jornalista.
- Pra eu responder, - e chegou perto do ouvido dela - você tem que matar mais uma bola.
A piadinha a fez rir até deixar as mãos cairem, pra devolver:
- É só você voltar amanhã à tarde. - e deu um beijo no seu rosto, com gosto de quero mais.
- Então é bom você não tropeçar, - puxando o braço dela e beijando-a na testa - aí a gente pode terminar o jogo.

Piscou pra ela e saiu, indo pra melhor aula da faculdade.

terça-feira, outubro 06, 2009

Mondays.

Tomo um ônibus pra ir trabalhar, numa segunda-feira à tarde, como qualquer segunda-feira.
Seis horas da tarde.
Na Consolação.

As pessoas reclamam que o ônibus está cheio, está caro, o motorista dirige muito rápido...
Como sempre.
Os "manos" arrancam nossa roupa com os olhos e mergulham no nosso decote.
Como sempre.

As meninas fazem malabarismo pra carregar suas big-bolsas e 2 cadernos. Enquanto leem Crepúsculo. Com seus óculos de meia-armação, metade do cabelo presa e franjinha.
Os dois meninos estranhos com camiseta do Iron Maden ouvem seus mp3, cantam alto e balançam a cabeça enquanto tocam air-guitar. Sem querer eu ouço a (eterna?) discussão, se o Angra era melhor na época do Edu ou do André.
(Penso ser uma questão do tipo "Capitu traiu ou não traiu?" Nunca terá uma resposta)

Sorrio pra senhorinha simpática que segurou minha bolsa no trajeto de 5 pontos, agradeço, e ela, surpresa (?), sorri de volta.
Dou minha aula divertida, faço os alunos esquecerem da vida, enquanto me contam do seu fim de semana... Divirto-me quando eles se empolgam e querem falar português e eu preciso ser malvada: balançar o dedo, "tsc tsc... C'mon, in English." -"aaaahhhh, teacher, mas-" "Sorryyy???"
Eles respiram fundo e me contam as histórias, in English!

Volto pra minha casa ouvindo Milonga del Angel no meu mp3, conformada de segunda-feira ser um dia chato!

Mas chego em casa e recebo um e-mail DAQUELA empresa onde eu quero fazer estágio, dizendo "Parabéns! Seu currículo foi aprovado na pré-seleção. Responda aos testes online e aguarde instruções."
Dou boa noite pro mundo de cabelo molhado (porque não deu tempo de tomar banho mais cedo e o cabelo está precisando daquela lavada com Niely Chocolate), pensando no menino tímido, simpático e *que joga sinuca tão bonitinho* que eu conheci hoje no Diretório Acadêmico.

Segundas-feiras são sempre, incontestavelmente, inegavelmente surpreendentes.

Não joguem lixo no chão ~
;)

sábado, outubro 03, 2009

Sinceridade

Minha primeira compra, com o meu primeiro salário, no primeiro Itaucard International foi um livro (clichê, tratando-se de mim):
Confissões de um Homem Sincero.

Isso depois de meses roubando as últimas páginas da VIP que meu primo assinava.

Vamos brincar de ser escritora, então, como Fabio, serei Sincera. E barata.
-
Se fosse uma questão de livre-arbítrio, seria você. Ou, pelo menos, alguém exatamente como você, com todas as coisas que fazem de você, pra mim, O cara.

Porque não é de um par de braços fortes que uma mulher precisa pra se sentir segura. Um abraço - como o seu - dá conta.

E nem é de um belo par de olhos azuis que uma mulher precisa pra se sentir uma princesa. Você não precisa nem notar que eu mudei o visual. (Fato! Homens nunca reparam nessas coisas!) O essencial é como quando você me olha e exige: "Por que essa cara?"

Muito menos é de um cara sistemático, prático e certinho que uma mulher precisa pra ficar mais calma. Claro que isso é importante, mas não essencial.
O que realmente importa é o seu senso de humor completamente idiota (segundo o Arnaldo Jabour), que me faz rir até doer a garganta e mata os problemas como eu mato as ímpares cortando no meio.

Eu sei que eu sou a "the one", mas não sou a "the only one”.

Infelizmente, (e é infelizmente de verdade,) pra eu dizer sim pros seus xavecos divertidos (e sérios), eu preciso das coisas que você não pode dar:
Hormônios exaltadas, coração acelerado, friozinho na barriga, perda de sono, perda de fome, ansiedade de saber que eu vou te ver...

Vou citar um safado: "- Monique, você pensa demais."

E é justamente por ficar pensando que acabo por aqui.
Sozinha, mas dando Graças a Deus! que a paixão não depende do livre-arbítrio.

Sinto, logo insisto.
Penso, logo...