quarta-feira, setembro 16, 2009

Relationship 2.0

Ok, oficialmente PAUSA de escrever meu TGI. Nos próximos 12 minutos.

E pensar na vida... Virtual!

Enjoying the vibe de monografia, vou citar. A mim! (afinal, academicamente, só no Ph.D.)
"Nesses tempos de Orkut, Twitter e Facebook, fica cada vez mais difícil ser anti-social."
BUZATTO, Monique. @nickybuzatto in: Twitter. São Paulo: 2009.

Mas quero contestar!
Discordo de mim mesma. Quando postei isso, foi de cansar que pessoas que jamais me davam "oi" no colégio, me adicionam loucamente no Orkut, Facebook, Twitter... E continuam sem me dar oi ^^
Reformular-me-ei (adoro mesóclise!): "Nesses tempos de Orkut, Twitter e Facebook, nunca foi tão FÁCIL ser antissocial!"

Deve ser legal fazer parte de uma rede social em que você é popular (=leia-se: ter umas 549 pessoas na sua friend list), postar várias fotos das suas viagens pros seus *cof cof cof* amigos verem e COMENTAREM, enquanto você escreve seus desabafos *alôu, pague um psicólogo*.
Tudo isso pras pessoas lerem e te acharem cool.

Aw, puh-lee-se.

Minhas teorias (não minhas, dos meus autores, rs) de comunicação, internet e psicologia dizem que o princípio básico dos relacionamentos entre PESSOAS é a troca. Você troca informações, opiniões, olhares, cheiros, músicas, fotos, vídeos, lembranças...
A questão é: não é uma via de mão única.

Às vezes eu me sinto o máximo de saber que tem 86 pessoas "Following me", lendo as coisas (às vezes besteiras, admito) que eu escrevo, mas aí eu abro os olhos. Se 10 pessoas leem, deve ser muito.

É como se eu fosse jornalista! Mas escrevesse os obituários do jornal...
Como se eu fosse atriz! Mas atuasse nos filmes que passam às 3 da manhã.
Como se eu fosse cantora! Mas só cantasse em Pirituba. No chuveiro!

The thing is, tudo depende de feedback.
Você fica feliz porque as pessoas ao seu redor te deixam feliz.
Você fica triste porque algo deu errado e alguém não foi legal com você.
Você sorri porque alguém fez algo pra que você sorrisse, ou porque alguém ficou feliz por algo que você fez.

Tudo é estímulo-resposta... imput-output... Enfim!
É legal produzir conteúdo, mas também é legal CONSUMIR conteúdo... É pra isso que você escreve, não?

Se quiser negar, antes cancele suas accounts e escreva um diário, pra ser guardado embaixo da cama e jamais ser lido.

Veja bem,até os computadores precisam de uma PESSOA que os programem.

Como se trata de pessoas lendo esse blog (assim espero), that's all.
Eu ignoro textos longos demais que chegam por e-mail, então não quero torturar ninguém nem ser ignorada.

Se você chegou até aqui e LEU pelo menos um parágrafo, é o feedback que eu queria :)

~ Não joguem lixo no chão.

9 comentários:

  1. É... parecia que ia mas não foi. Afinal, está no Blog e se esse não faz parte de uma Vitrine virtual, junto com o Orkut e afins, não sei o que é.

    Já que chorou para que eu lesse, junto ganhou um comentário ou seu chiquetérrimo FEEDBACK.

    Sei que o que queremos é que as pessoas babem pela gente e não queremos babar por elas, não pela maioria dos 568 arrozes da friend list. O texto postado é tão vazio quanto o comentário que vem colado em cima. Generalizar é ruim, mas "vamos combinar" é uma masturbação egóica mermo.

    A questão é, se vc quer mesmo "trocar informações, opiniões, olhares, cheiros, músicas, fotos, vídeos, lembranças..." não chore por um comentário, saia da frente do computador, vá até a padaria jogar conversa fora.
    Acho que todos queremos atenção, mas estamos pouco dispostos a ofereçê-la a alguem. A internet nos dá essa oportunidade, um canal no qual filtramos as nossas experiências. Talvez por isso tenhamos tanta dificuldade de nos relacionar com "alguem de verdade".

    Não sei se estou sendo radical demais, talvez esse comentário sirva melhor para os doentes por esses sites de relacionamento. Os sites deixa de funcionar como um intermédio e vira a via principal de comunicação entre as pessoas.

    Agora paro. Tão superficial quanto comecei.
    Tenho aula.

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  2. Acredito que as vitrines virtuais também produzem efeitos em nós, garantindo a troca de "informações, opiniões, olhares, cheiros, músicas, fotos, vídeos, lembranças". Cheiros? Sim, cheiros. O que seria das figuras de linguagem presentes nas poesias se não nos proporcionassem uma gama de sensações? Poesia na tela do computador = poesia virtual.
    O que seria do nosso querido poema simbolista “Correspondências” de Baudelaire, se não pudéssemos sentir o cheiro das descrições?

    A natureza é um templo onde vivos pilares
    Podem deixar ouvir confusas vozes: e estas
    Fazem o homem passar através de florestas
    De símbolos que o vêem com olhos familiares

    Como os ecos além confundem seus rumores
    Na mais profunda e mais tenebrosa unidade,
    Tão vasta como a noite e com a claridade,
    Harmonizam-se os sons, os perfumes e as cores.

    Perfumes frescos como carnes de criança
    Ou oboés de doçura ou verdejantes ermos
    E outros ricos, triunfais e podres na fragrância

    Que possuem a expansão do universo sem termos
    Como o sândalo, o almíscar, o benjoim e o incenso
    Que cantam dos sentidos o transporte imenso.

    Olhares? Sim, olhares. Afinal, quantas vezes já nos deparamos rindo e chorando em frente à tela do computador? Uma conversa hilária com um grande amigo, ou uma notícia bombástica por meio de um e-mail. Eu já ri muito conversando com minhas primas sobre as janotices de minha avó de 93 anos. E já chorei muito com um e-mail de minha mãe: poderia sim, baseando-me em anos de convivência, visualizar seu olhar. Mil vezes um olhar “virtual” de minha mãe, a um olhar indiferente de um balconista de padaria me perguntando: “vai querer o que, menina?”.
    A virtualidade nesses casos, está completamente associada à lembrança. Conhecendo bem uma pessoa, podemos ouvir sua gargalhada, quando ela escreve no MSN: “ahahhahahahahahah”. Um dia, mais cedo ou mais tarde teremos apenas os olhares e os cheiros de muitas pessoas apenas num ambiente “virtual”, ou seja, o ambiente da lembrança. Seja por falta temporária, que aqui no Brasil chamamos de saudade. Seja por falta eterna, uma figura de linguagem chamada eufemismo.
    Longe de mim ser fã de relacionamentos pautados apenas no campo virtual. Adoro olhares, cheiros e trocas de informações de verdade... No entanto, quando se mora longe de quem se quer olhar, quando não se é tão pop a ponto de ter o celular do David Cristal... O que uma pessoa inteligente faz???... Hein? Ahan! Isso mesmo... Manda um e-mail capaz de expressar o seu olhar, procura loucamente por entrevistas do cara que irá compor a bibliografia do seu TGI.
    Radicalismos a parte. Também paro como comecei, vendo o lado positivo da postagem!!!

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  3. Olá amiguinha da Monique. Antes de voltar a discussão sobre o texto da Monique acho que deveria deixar claro que ela nos colocou em um ringue e está se deliciando vendo a rixa entre os galináceos. Veio correndo me falar pra voltar a visitar o seu Blog para ler o seu comentário. Mas é nóis, ta rendendo uma conversa legal.

    Acho que os sites de relacionamentos - entendi que este é o objeto da discussão e não a internet toda - tem uma funcionalidade boa sim. Não sei se foi a pressa, ou minha incapacidade de expressar o que penso, que não deixou isso muito claro. A minha crítica é aos que fazem destes sites de relacionamentos o canal central para se mostrar ao mundo. Pois deixam de experimentar mais substancialmente a relação humana propriamente dita. Onde a gente não escolhe as nossas experiências (algo que entendo possivel por um computador), nos frustramos, ficamos alegres, aprendemos tomando tapa na cara mesmo.
    Vejo - ai já é uma experiência muito pessoal - que as pessoas tem tido dificuldade de se conhecer e conhecer o outro, as relações se dão através de modelos estereotipados e idealizados de um outro "alguém".

    Quanto ao carinho muito parecedo com o real, concordo que podemos senti-lo ao ler uma mensagem de um ente querido. Podemos perceber sinais muito característicos da pessoa de que gostamos. Mas volto ao ponto - que entendo como principal - de que as pessoas usam os sites como ferramenta principal no estabelecimento de uma relação. Como uma pessoa dessa tira de um texto de um "conhecido" algo que ela não experenciou?

    Mas uma vez aposto na Padoca, entre um dia de messenger. Claro que podemos ter um cara dizendo “vai querer o que, menina?”, como podemos encontrar alguém muito mais receptivo. E está ai a graça, sentir uma experiência de verdade, onde não impomos o nosso ritmo ao mundo, nossos filtros. Estamos abertos a sofrer e gozar, como entendo que a vida seja.

    Tivemos um problema de comunicação por aqui Giovana, talvez por essa incapacidade minha de escrever.. Mas vamos tentando...
    Outra coisa que um professor uma vez me disse: será que nos afastamos das pessoas hoje em dia por que temos a impressão de que a tecnologia nos une?! Quer dizer, será que viajaríamos para longe de uma pessoa a quem amamos se não tivessemos um telefone?!

    Abraços (sem cheiro)
    Davi

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  4. Bom pessoal, eu entendo e concordo os dois pontos citados à cima.
    Penso que muito me alegra a alma e o coração quando consigo falar com aquela pessoa que está hiper distante e que se não fosse por intermédio da internet e toda a sua conectividade, seria praticamente impossível nos falarmos ou mantermos qualquer tipo de contato pessoal.
    Por outro lado, adoro a convivência pessoal e as suas relações diárias. O simples fato de irmos a tal "padoca" e conversarmos com a moça do caixa, ou até mesmo com o padeiro que está ali comentando sobre as notícias do nosso cotidiano é maravilhoso.
    Queridos a técnologia está aí pra ser utilizada a nosso favor, não podemos simplesmente nos sentarmos na frente de nossos pc´s e ou note´s e ficarmos alí pra vida toda. Temos que saber dosar sempre, e sempre é sempre.
    Posso ter deixado algumas coisas vagas e minhas idéias podem ter se tornado um tanto quanto confusas aqui para todos vocês, mas pensemos um instante em como o mundo vem se mudando e se adequando à toda esta técnologia que nos cerca diariamente. Espero que tenhamos o bom senso de não sermos aqueles jovens bitolados em sites de relacionamentos e ou coisas do gênero, mas que possamos utilizar essas ferramentas disponíveis para promovermos encontros saudáveis e bacanas, para que assim possamos ter aquela alegria de se estar com as pessoas que gostamos "on" ou aovivo, mas que sempre estejamos felizes com a companhia delas!

    Abraços

    Dan

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  5. (O diminutivo das palavras tem funções semânticas bem diferenciadas: pode expressar intimidade, carinho, ou ironia). Sendo assim, olá amiguinho da Monique.
    Antes de julgá-la, julgue-me. Fui eu quem pediu para que ela dissesse que sua postagem foi respondida. Uma postagem tão ímpar, precisaria logo de um par...

    A meu ver - é claro! - não foi nem a pressa, nem a incapacidade de expressar o que sente, mas sim o radicalismo. Se o texto dela, bem como o seu fossem assim - como disse - “tão vazios”, não renderiam toda essa nossa epopéia. Certo?...

    Estava no MSN, falando com ela, e vi o endereço do blog. Entrei e logo li a primeira postagem, dela, e a segunda, do amiguinho.
    - Quem é esse tal Davi?
    - Um amigo meu da Psico.
    Após a leitura, pensei que se em vez de amiga e pessoa resolvida que é, fosse uma paciente buscando ajuda, talvez procurasse a primeira ponte para brincar de salto livre. Interpretar palavras a ferro e fogo pode ser realmente perigoso. Ainda mais - por exemplo - em profissões movidas a palavras. Um amiguinho, explicado pela gramática da vida, pode ser ironicamente um amiguinho, ou carinhosamente um amigão. São as sutilezas da língua: “é no ínfimo que eu vejo exuberância”.

    Do mais, também aposto em “experimentar substancialmente a relação humana propriamente dita”.

    Mas, tudo bem, só entre nozes.

    Abraços (sem cheiro: graças a Deus! – uma das melhores vantagens do mundo virtual são as opções! Afinal, quem abraçar o cara da padoca leva o cheiro de brinde!)

    Giovanna

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  6. Fantástico...Sincero
    As coisas são mais simples do que imaginamos. Queremos ser vistos e cultuados sem perder nossa liberdade de estar com nós mesmos. Sem hipocrisia. Somos Dependented do outro para vivermos em nosso umbigo. De nada vale cada gesto nosso se não for para outros olhos.

    Parabéns..


    Beijo

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  7. Sem querer, essas discussões saudáveis alimentam meu pequeno ego de escritora.

    Grazie, amici!

    Mas vejam, eu não quis radicalizar, só quis chamar atenção pra uma coisinha que me aborrece. Poxa, acho que não custa nada responder comentários, e-mails...
    quando uma pessoa te diz "a gente se vê outro dia", você fazer o possível pra ver a pessoa de verdade!

    Não quero limitar "real" e "virtual" e colocar algum deles como vilão.

    Só quero mostrar que não precisa de muito pra que eles sejam complementares.

    =)

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Essa coisa do virtual X real
    Aaaaahhhh parem..!
    é tão mais simples que isso.. essas pessoas que dizem que te amam depois de três dias que te conhecem pelo msn tem tanto direito de dizer isso quanto alguém que vc transa no canto da balada! (vcs imaginaram esse canto, tenho certeza!) isso é real? é disso que se fala quando se pensa num relacionamento real? contato fisico? (não preciso ser tão fisico quanto o meu exemplo) claro.. não temos duvidas quanto as vantagens do contato real.. mas via msn, orkut, twitter, facebook, fotolog, flog, sinais de fumaça e coisas modernas do tipo ainda existe um relacionamento.. é uma conversa de cego.. não se vê com quem vc esta falando... mas quase pode-se ler as frases imaginando a voz da pessoa falando... se quiser.. se não quiser.. coloque uma musica e leia.. mas de qualquer maneira.. é com alguém que se esta conversando... não to esquecendo da existencia do "ao vivo e a cores" mas.. quantos de nós temos tempo para parar e conversar com nossos amigos todos os dias? vcs tem? Monique bem sabe que eu não tenho! por isso... Giovanna... no Drama! rs..
    ;D That's All

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